sexta-feira, 24 de julho de 2015

Horror no Cinema Brasileiro








APRESENTAÇÃO

O horror, um gênero que durante muito tempo foi ignorado e pouco debatido no cinema brasileiro, nos últimos anos tem se fortalecido com diversas produções que abordam o tema das mais variadas formas. Filmes como A Antropóloga; Trabalhar Cansa; Quando Eu Era Vivo; Gata Velha Ainda Mia; Isolados; O Amuleto e A Misteriosa Morte de Pérola chegaram às telas mostrando a força e relevância do gênero no cinema atual. Produções independentes como Nervo Craniano Zero (Paulo Biscaia Filho); Mar Negro (Rodrigo Aragão) e Condado Macabro (Marcos DeBrito e André de Campos Mello) renovam o sangue a apontam caminhos alternativos para serem trilhados pelo gênero.


Entretanto, o horror sempre esteve presente no cinema brasileiro, mesmo que de maneira alegórica e vaga. Comédias assombradas, como O Jovem Tataravô (1936) e Fantasma por Acaso (1946), mostram como o tema era tratado na época das chanchadas. Lendas populares e personagens de nosso rico folclore também chegaram às telas com sombras horroríficas, incluindo o saci, o caipora, a mula-sem-cabeça e diversos lobisomens.

O impacto do cinema ousado e destemido de José Mojica Marins com seu ímpio e sádico personagem Zé do Caixão, refletiu nas significativas bilheterias de filmes como À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964) e Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967) e influenciou outras gerações de realizadores a trilhar o caminho do cinema revoltado e inquieto. Até mesmo o popular cômico Mazzaropi abordou a confusão religiosa típica do brasileiro em comédias nas quais reflete de maneira simplória, porém sincera, sobre temas como fé, charlatanismo, morte e reencarnação.



Entre os outros cineastas que se dedicaram de maneira representativa ao horror estão Walter Hugo Khouri, autor de obras densas, e o argentino Carlos Hugo Christensen, que teve produção prolífica em toda a América do Sul e se radicou no Brasil na segunda metade de sua carreira, também contribuiu com o imaginário do horror nacional. A ‘Boca do Lixo’ paulistana também é devidamente representada pelos surpreendentes filmes de erotismo mórbido de Jean Garrett, os quais, a despeito dos títulos genéricos, são hipnotizantes mergulhos no universo fantástico. As obras de John Doo; David Cardoso; Ody Fraga e Fauzi Mansur, com sua acintosa sexualidade combinada com cenas violentas, grotescas e macabras, também marcaram o gênero.



O ‘terrir’ de Ivan Cardoso (O Segredo da Múmia; As Sete Vampiras; Um Lobisomem na Amazônia), dramatizações sobre assassinos psicopatas e produções de sexo explícito com vampiros, demônios e fantasmas dividem espaço na discussão com realizações recentes, com filmes surreais e experimentais como O Fim da Picada; "Mistéryos", "FilmeFobia", "A Percepção do Medo", todos contribuindo à sua maneira particular com o imaginário do filme brasileiro de horror.



OBJETIVOS

O curso HORROR NO CINEMA BRASILEIRO, ministrado por Carlos Primati, pretende promover uma discussão sobre o panorama do gênero no Brasil, mostrar e contextualizar tanto as obras consagradas quanto filmes mais obscuros e desconhecidos, e apresentar um apanhado das realizações recentes, colocando em perspectiva o que pode indicar o futuro do gênero no cinema brasileiro.



CONTEÚDO DAS AULAS


AULAS 1 e 2

Como assim, “horror no cinema brasileiro”?
Chanchadas do além: O Jovem Tataravô e outros fantasmas
A era dourada dos estúdios: melodramas góticos e co-produções
Lendas e folclore: saci, caipora, mula-sem-cabeça e lobisomem
Zé do Caixão: terror e sadismo nacional sem fronteiras
Experimentalismo udigrúdi: Sganzerla, Bressane e Visconti
O misticismo caboclo das comédias de Mazzaropi
Iemanjá, Iansã, Xangô: temores do candomblé e da macumba
Espíritos inquietos: o vazio existencial de Walter Hugo Khouri
Possuído pelo mal: o medo barroco de Carlos Hugo Christensen


AULAS 3 e 4

Erotismo e morte à beira-mar: a poesia mórbida de Jean Garrett
Sexploração: John Doo, David Cardoso e Ody Fraga
Aos pedaços: o horror verídico dos assassinos psicopatas
Sangue e pornografia: o sexo explícito de meter medo
O horror espírita: Joelma; O Médium e outras reencarnações
Terrir: os monstros irreverentes de Ivan Cardoso
Medo e violência for export: os excessos de Fauzi Mansur
Espectros do horror no ‘cinema da retomada’
Teratologia disforme: monstruosidades da década de 2000
As produções independentes e o futuro do gênero


Ministrante: Carlos Primati



Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial e brasileiro. Publicou artigos em livros sobre a obra do cineasta José Mojica Marins e sobre o Horror no cinema brasileiro. Colaborou no livro "Maldito", de André Barcinski e Ivan Finotti, e co-produziu a Coleção "Zé do Caixão" em DVD, vencedora do 1º Prêmio DVD Brasil como a "Melhor Coleção" do ano.

Publicou textos nas edições especiais "O Livro do Horror" (Herói); "Super Livro dos Filmes de Ficção Científica" (Superinteressante) e "A História do Rock" (Bizz). Criou e editou a revista "Cine Monstro", e trabalha na organização de uma monumental enciclopédia sobre filmes de horror. Editou o livro "Voivode: Estudos Sobre os Vampiros" e escreveu o volume sobre "Séries de TV" da Coleção "100 Respostas" (Mundo Estranho).

Já ministrou para a Cine UM os cursos "A Obra de Alfred Hitchcock"; "História do Cinema de Horror"; "Zé do Caixão: 50 Anos de Terror"; "Expressionismo Alemão: Uma Sinfonia de Luzes e Sombras" e "Ficção Científica dos Anos 50".




Curso
HORROR NO CINEMA BRASILEIRO
de Carlos Primati

DATAS
Dias 29 e 30 / Agosto

HORÁRIO

Sábado
Aula 1: 14h às 15h50  / Aula 2: 16h10 às 18h
Domingo
Aula 3: 14h às 15h50  /  Aula 4: 16h10 às 18h

LOCAL

Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - 3º andar - Porto Alegre - RS)

INVESTIMENTO

R$ 100,00
(R$ 80,00 para as primeiras 10 inscrições)
*** Valor promocional esgotado ***

FORMAS DE PAGAMENTO

Depósito Bancário ou Cartão de Crédito (à vista ou parcelado)

MATERIAL

Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

INFORMAÇÕES

cineum@cineum.com.br
Fone: (51) 9320-2714

REALIZAÇÃO

Cine UM - Cursos de Cinema

PATROCÍNIO

Sapere Aude Livros
Editora Aleph
Back in Black
Nerdz

APOIO

Cinemateca Capitólio

PARCERIA

Espaço Vídeo
Papo de Cinema



INSTRUÇÕES PARA EFETUAR A INSCRIÇÃO

1) Preencha e envie o formulário abaixo.
2) Opção Depósito Bancário: após enviar o formulário você receberá as orientações.
3) Opção Cartão de Crédito: após enviar o formulário, clique no botão do PagSeguro
.
.

.
.
.
.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Nouvelle Vague





Apresentação

A Nouvelle Vague foi um movimento artístico do cinema francês que surge dentro de um contexto histórico específico dos chamados "Novos Cinemas" , que por sua vez surgiram dentro das revoluções culturais e sociais dos anos 60. A expressão foi lançada em 1958, por Françoise Giroud, em 1958, na revista L'Express ao fazer referência a uma nova juventude de artistas e profissionais franceses que tinha crescido no pós-guerra e modificava a França com modernidade e contestação.



Os principais representantes do movimento eram jovens críticos da influente revista Cahiers du Cinéma, criada pelo teórico André Bazin, mas tomada aos poucos pela turma iconoclasta que veio a ser conhecida como "jovens turcos". Eles eram jovens, contestavam os valores críticos em voga, se organizavam em cineclubes, amavam o cinema americano e eram bastante violentos em algumas de suas posições. Tudo preparou terreno para a entrada deles na realização, revelando um cinema feito com poucos recursos, com ênfase em histórias cotidianas e levando a câmera para as ruas. Novos rostos foram revelados, novas paisagens apareceram nas telas e novos nomes se confirmaram como autores. A própria noção do diretor como autor, bastante contestada mas que vigora até hoje, está na base dos filmes desse movimento. 




Mesmo que alguns autores restrinjam a duração do movimento em alguns poucos anos (os mais radicais chegam a dizer que ele durou de 1959 a 1962), o fato é que a influência da Nouvelle Vague pode ser sentida até hoje. Seja nos filmes que aqueles diretores continuaram a dirigir apontando para novas direções, seja nas gerações seguintes que beberam na sua fonte, seja ainda na influência mundial que o movimento exerceu.

A Nouvelle Vague hoje é quase uma marca, uma nostalgia de uma rebeldia que existiu. Voltar a ela com atenção é fundamental para entender seu real significado.


Objetivos e Temas

O curso Nouvelle Vague: Um Cinema à Francesa, ministrado por Milton do Prado, vai analisar e repensar o movimento cinematográfico francês a partir dos seguintes temas:



O contexto francês do final dos anos 1950;
A Cahiers du Cinéma;
Os diretores da "margem esquerda" e os da "margem direita";
Os principais filmes da Nouvelle Vague;
Revolução e conservadorismo dentro do movimento;
O cinema francês pós-Nouvelle Vague


Ministrante: Milton do Prado

Formado em Jornalismo pela UFRGS. Nasceu em Aracaju (SE) e está radicado em Porto Alegre há mais de vinte anos. Atua como montador de cinema desde 1998. É sócio da Rainer Cine, junto com Fabiano de Souza, que lançou o longa "A Última Estrada da Praia" (2010) e finaliza "Nós Duas Descendo a Escada". Foi programador da Sala P. F. Gastal (1999) e presidente da Associação dos cineastas do Rio Grande do Sul (APTC / ABD - RS, 2001 - 2003). É professor e coordenador do curso de Cinema e Realização Audiovisual da Unisinos. Possui mestrado em Estudos de Cinema da Concordia (Montreal / Canadá), com uma dissertação sobre o cineasta Jacques Rivette. É também um dos editores da revista "Teorema - Crítica de Cinema".


Curso
Nouvelle Vague: Um Cinema à Francesa
de Milton do Prado


DATAS
Dias 25 e 26 / Julho (sábado e domingo)

HORÁRIO
15h às 18h

LOCAL
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

INVESTIMENTO
R$ 80,00
(Valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 10 inscrições.
Válido apenas para pagamentos por depósito bancário /
*** Valor promocional esgotado ***

FORMAS DE PAGAMENTO
Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

MATERIAL
Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

INFORMAÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714


REALIZAÇÃO
Cine UM Produtora Cultural

PATROCÍNIO
PARCERIA


INSTRUÇÕES PARA EFETUAR A INSCRIÇÃO

1) Preencha e envie o formulário abaixo.
2) Pagamento por Depósito Bancário: após enviar o formulário você receberá as orientações.
3) Pagamento por Cartão de Crédito: após enviar o formulário, clique no botão do PagSeguro.
.
.

,
.
.
.